VIAJAR DE AVIÃO COM SEU PET, O QUE FAZER E COMO PROCEDER
Os animais de estimação são parte da família e quando se trata de viagem, ninguém quer deixá-los para trás, seja em uma viagem de férias ou mudança de cidade ou país.
Viajar de avião com seu pet não é um “bicho de sete cabeças”, mas o assunto é delicado pois existem muitas regras que envolvem o transporte de pets nas companhias aéreas, além da burocracia que os tutores precisam enfrentar.
Existem ainda os pets que servem de apoio emocional, e que precisam ir aonde os seus tutores forem, inclusive em curtas viagens; existem também os cães guias. Todos eles, precisam estar com seus tutores em qualquer circunstância, inclusive dentro do avião.
As regras vão desde as taxas cobradas pelas Cias, vacinas e apresentação de documentos, além de regrinhas quanto a acomodação dos bichinhos.
Sabemos que existem uma diversidade de animais de estimações no Brasil, mas entre eles os mais comuns são gatos e cachorros e é o que vamos focar neste post, esclarecendo as dúvidas, dicas e orientações de como viajar de avião com seu pet de forma segura e evitar perrengues.
COMO FUNCIONA E QUAIS SÃOS AS REGRAS PARA O TRANSPORTE DE PETS
Após decidir viajar com seu pet, o primeiro passo é saber quais são as empresas que realizam esse transporte e quais regras para cada uma delas, principalmente se o seu voo for internacional.
As principais companhias aéreas brasileiras que fazem o transporte de animais de estimação são a Latam, Gol e a Azul.
Aqui estão as regras junto a GOL.
Aqui estão as regras junto a LATAM.
Eles consideram apenas gatos e cachorros como pets que podem viajar de avião com seus tutores, e em regra geral, os pets viajantes precisam ter no mínimo 4 meses de idade. No caso de voos internacionais, as regras são semelhantes.
Os números de pets dentro do avião também são bastante controlados, limitando-se a 01 pet por passageiro, porém a bordo só é permitido apenas 3 animais por trecho, e no caso de viagem internacional apenas 5.
Um detalhe para a Air Europa, que permite até 5 animais por passageiro, sendo que 3 deles podem ir a bordo. As regrinhas quanto a essa quantidade é que todos eles estejam no mesmo espaço contentor, sejam da mesma raça e que juntos não ultrapassem as medidas e peso permitido.
Obrigatoriamente os pets precisam estar dentro de um transportador específico, com exceção de cães guias, cães ouvintes ou de assistência emocional (ESAN).
As medidas das caixas transportadoras precisam seguir as regas determinadas pelas companhias aéreas, que por sua vez, obedecem às diretrizes da Associação Internacional de Transportes Aéreos (AITA).
As companhias cobram uma taxa para cada modalidade de transporte de pet, se certifique que a categoria escolhida atende suas necessidades.
Nas regras gerais:
- Só é permitido pet de pequeno porte viajar na cabine, e a caixa deverá caber debaixo do assento a frente do passageiro;
- A caixa de transporte específica é conhecida como “kennel”, ela deve ser ventilada, ter espaço suficiente para o pet ficar confortável e a fechadura deve ser firme para o animal não escapar acidentalmente;
- É necessário identificar o pet e a caixa de transporte;
- É obrigatório ter as vacinas em dias, e atestado de saúde específico para o dia da viagem aérea, indicando que o pet está em condições e apto para a viagem.
No caso de viagem internacional, fique atento a algumas regras a mais, como:
- Se a espécie do pet é aceita no país de destino;
- Quais são as vacinas exigidas para o animal no país de destino;
- Qual é a exigência quanto a antecedência da data de emissão dos documentos de Certificado Zoossanitário Internacional. Essa certidão é emitida pela Vigilância Agropecuária Internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
No caso de cães guias, essas regras já não se aplicam ao caso, pois eles já são preparados e treinados para tais situações, mas mesmo assim é necessário apresentar a carteira de vacinação do animal, bem como o comprovante de treinamento.
Apenas no caso de viagem internacional, é necessário apresentar o Certificado Zoossanitário Internacional.
No caso de cães guias, o animal deve ficar ao lado do tutor no chão da cabine, e sempre sobre seu controle.
No caso de animais de suporte emocional, o assunto ainda está causando muita polêmica, mas as companhias aéreas tendem a considerar as regras gerais para transportes de pet no avião.
Em casos mais específicos, nós aconselhamos procurar um advogado e apresentar toda documentação para a companhia aérea com antecedência.
DOCUMENTAÇÃO PARA VIAJAR DE AVIÃO COM SEU PET
A documentação que precisa apresentar a companhia aérea para viajar de avião com seu pet, precisa de alguns detalhes importantes.
No caso de voos domésticos:
- A carteira de vacinação precisa mostrar a vacina antirrábica, e ela deverá conter a informações do nome do laboratório produtor, bem como o tipo de vacina e o número da ampola utilizada;
- A vacina deverá ter sido aplicada a mais de 30 dias, porém a menos de 1 ano;
- Um atestado médico com a data de emissão no máximo de 30 dias, comprovando que o pet está apto a realizar a viagem de avião, porém é aconselhável que esse atestado seja emitido dentro de 10 dias.
No caso da documentação para viajar com seu pet em voos internacionais, fique atento a todas essas regras para voos nacionais e mais um pouco, como no caso da emissão do Certificado Zoossanitário Internacional, além das regras específicas de cada companhia aérea.
Se você viaja com frequência com seu pet, vale a pena fazer o Passaporte de Trânsito de Cães e Gatos. Esse documento é muito útil no caso de viagens dentro do Brasil ou pelo Mercosul.
Basicamente, compila toda a burocracia em um chip de identificação no pet.
CUIDADOS NA VIAGEM DE AVIÃO COM PET
Mesmo com toda a documentação pronta, passagens compradas e expectativas altas para uma nova aventura, nada vai adiantar se o seu filho de quatro patas não estiver bem na viagem, se sentir ansioso, nervoso e com medo.
Os pets têm suas próprias necessidades, seus medos e instintos, então para tornar essa experiência tranquila para todos, e principalmente para o seu pet, se atente a essas dicas importantes.
Inicie a adaptação com antecedência de pelo menos 20 dias antes da viagem, se seu pet for muito ansioso ou não ter costume de ficar em locais sem muito espaço ou com barulhos, aumente esses dias de adaptação.
O processo de adaptação tem o objetivo de fazer com que seu pet se sinta confortável e seguro dentro da caixa de transporte:
- Torne a caixa de transporte algo familiar para ele;
- Deixe a caixa aberta dentro da casa ou no local em que ele costuma ficar;
- Ofereça petiscos dentro da caixa, brinque com ele dentro do ambiente, deixe brinquedos lá dentro, como se fosse mais um lugar agradável para ele;
- Depois que ele já tiver mais confortável dentro da caixa, passe a oferecer uma das refeições dentro dela, e a medida que ele se sentir confortável em comer lá dentro, vá deixando a caixa fechada e só abra após ele terminar a refeição;
- À medida que for passando os dias, vá aumentando o tempo de abrir a caixa, porém com supervisão e sem forçar nada, de forma natural. (Lembre-se que o local precisa ser confortável para ele, e não um sinal de prisão ou condicionamento negativo);
- Após ele ter acostumado dentro da caixa, deixe ele lá dentro em alguns momentos do dia, e comece a se afastar aos poucos para que ele se acostume com sua ausência;
- Evite a todo custo a necessidade de sedativo ou calmante para o seu pet durante o voo, além de ser perigoso pode provocar efeitos colaterais extremamente estressantes e traumáticos para a saúde do seu pet;
- A última refeição antes da viagem é recomendada ser de 2 a 3 horas antes do voo para evitar enjoos, porém água é muito importante ser oferecida a qualquer momento, inclusive no aeroporto;
- Deixe um tapete higiênico dentro da caixa, principalmente se ele for no porão;
- Se o seu pet for no porão do avião, deixe uma peça de roupa com seu cheiro dentro da caixa junto com ele, isso acalma o animal e o faz se sentir bem;
- Leve a coleira para o aeroporto e faça passeios com o seu cão antes do embarque, incentive ele a fazer suas necessidades fisiológicas;
No final do trajeto, o animal será retirado do avião e irá para o compartimento de carga, então ele não vai para a esteira junto com as malas.
Tudo pronto para decolar?